Leituras

sábado, 12 de junho de 2010

Diferentes mídias eletrônicas convergindo em informação


Nos deparamos com a pergunta : é possível convergir todos esses elementos informacionais, distribuídos nas diferentes mídias estudadas, para sistematizar a busca e a recuperação da informação de maneira mais ágil e mais eficiente?

Acredito que é possível convergir essas divervas mídias e fontes de informação digitais para facilitar a vida, tanto acadêmica, quanto cotidiana.

Vemos que a cada dia surge novas manifestações online da informação. 

Se nos primórdios a produção de conteúdo digital era praticamente toda ela realizada por universidades e outros meios acadêmicos, além de veículos tradicionais de informação, como jornais, revistas e periódicos, com versões em CD-ROM e páginas virtuais, hoje a web é entendida não apenas como um repositório para antigos formatos e sim como um novo formato com uma nova linguagem e inúmeras aplicações.  (documento online)

A informação digital possui ainda, um atrativo grande: de dinamização, de interface diferente das fontes impressas. Segundo Le Goff apud Focault (1982):

[...] o documento, antes de informar, possui uma forma, que, além de ensinar, tem a capacidade de “impressionar”, ou seja, na sua visão, um documento é sempre um monumento.
O documento é uma construção social e envolve toda uma ideologia de autores de determinada comunidade e assim também surge a necessidade de deixar esse montante de informação acessível em diversos ambientes.
 
Hoje, acabo de ler que as editoras se reuniram e criaram uma distribuidora de livros digitais (Estadão). O que só reforça a revolução que estamos presenciando. O suporte não é mais empecilho, à distancia não dificulta o acesso à informação e temos à nossa frente, com apenas alguns cliques notícias, artigos da Rússia, da China, do Austrália, Alemanha... e aí que surge a necessidade de organização dessa informação digital. O bibliotecário pode atuar como arquiteto da informação, desenvolvendo ou auxiliando interfaces amigáveis, com informações confiáveis e de visibilidade mundial.
 
A informação digital se encontra em grande quantidade, mas a forma de organização para  sua futura recuperação, está de certa forma carente de profissionais que desempenhem esse papel empreendedor, desvendando demandas da usuário em ferramentas.



Referências:

LE GOFF, J. Reflexões sobre a história: entrevista de Francesco Maiello. São Paulo: Edições 70, 1982.

SOUZA, Willian Eduardo Righini de; CRIPPA, Giulia. O patrimônio cultural como documento: reflexões transdisciplinares para novos horizontes na Ciência da Informação.Transinformação. Campinas: ECA - USP, v. 21, n° 3,  p. 207-223, set./dez., 2009

terça-feira, 25 de maio de 2010

Redes Sociais e as discussões

Redes sociais são redes de comunicação que envolvem a linguagem simbólica, os limites culturais e as relações de poder”, segundo Fritjof Capra.

Ou ainda, segundo a Wikipédia (2010):

Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas (ou organizações, territórios, etc.) - designadas como nós – que estão conectadas por um ou vários tipos de relações (de amizade, familiares, comerciais, sexuais, etc.), ou que partilham crenças, conhecimento ou prestígio.
As redes sociais surgem quase como uma respostas aos acontecimentos cotidianos e as necessidades de encontrar o que se necessita com pessoas em situações parecidas com a que estamos. Atualmente há uma predominância de redes sociais.

Redes como a LinkedId, busca juntar currículos com vagas existentes em diferentes cantos do mundo. Uma rede profissional.

Já redes sociais como facebook, orkut atendem a um público bem diversificado, que buscam desde amizades a eventos na sua localidade.

A vida no campo social também pode ser compreendida em termos de rede, mas não estamos aqui abordando reações químicas; e sim comunicações. Redes vivas em comunidades humanas são as redes de comunicação. Assim como as redes biológicas são também autogeradoras, mas o que geram é especialmente o impalpável. Cada comunicação cria pensamentos e significados, os quais por sua vez dão lugar a comunicações posteriores, e assim uma rede inteira gera a si própria. (CAPRA, 2002)
Há ainda, as lista de discussão que não deixam de ser uma rede social, em que se discute muito sobre assuntos pertinentes a um grupo específico: grupo de pesquisa, ambiente de trabalho e de discussão de alunos, por exemplo.
Os benefícios gerados a partir de uma rede social são desde a colaboração, aprendizagem e socialização dos indivíduos participantes. Ocorre um crescimento e um entendimento coletivo sobre determinado tema.
Com a organização do XII EREBD Sul, utilizamos a ferramenta de grupo de discussão, do Google, onde cada comissão (geral, científica, cultural) trocava informações e ia aos poucos construindo a programação e desencadeando questionamentos para futuras reuniões presenciais com todas as comissões. Foi um crescimento importante e que de certa maneira, ajudou a não repetir atividades, distribuir tarefas e houve uma contribuição mútua entre os participantes. 


 Referências:


CAPRA, Fritjof. As Conexões Ocultas: Ciência para uma Vida Sustentável. São Paulo: Cultrix, 2002.

 WIKIPÉDIA. Redes Sociais.  2010.  Disponível em: .  Acesso em: 25 maio 2010.  

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Museus virtuais


                                            Fonte: VTN

Com a potencial utilização das TIC´s (tecnologias de informação e comunicação), na Sociedade da Informação, o potencial das novas mídias e de novos acessos ao usuário, permitiu que surgisse o museu virtual.

O museu virtual é um espaço virtual que media acervo, patrimônio e usuário através da web.  

A sua utilização como complemento do espaço físico do museu vem facilitar a transmissão da mensagem pretendida e captar a atenção do visitante, possibilitando uma nova visão do objecto museológico. (MUCHACHO, 2005)

Segundo Rocha e Eckert (2002):

Universalidade e interatividade, a memória eletrônica e digital, aplicadas ao tema da criação do museu virtual, na linha dos comentários de Roger Chartier, a propósito do texto eletrônico, recolocam, na contemporaneidade, o “antigo sonho kantiano” que inspirou o homem moderno: o empreendimento enciclopédico, isto é, que qualquer homem pudesse ser “ao mesmo tempo leitor e autor, que emitisse juízos sobre as instituições de seu tempo (...) e pudesse refletir sobre o juízo emitido pelos outros”11 . Nesta medida, da mesma forma que a fotografia relaciona-se à ambiência psicossocial moderna (cf. Benjamim 1991), ao permitir que as formas do mundo e as imagens do Outro pudessem ser perpetuadas, copiadas, fabricadas, multiplicadas e distribuídas, as novas redes eletrônicas e digitais refletem o processo de manipulação das estruturas espaço-temporais criadas no bojo do mundo contemporâneo.

Desse modo podemos  pensar no museu virtual como um meio de conformação da arte com a tela do computador, proporcionando um ponto de vista diferente do presencial. A tela do artista é visto de outro ângulo pelo usuário, trazendo para perto de si, o que talvez nunca teria contato se não fosse pela internet.

No Brasil, encontramos várias manisfestações positivas de museus virtuais, nem todos com com o acervo disponível online, mas com vários recursos disponíveis, tais como:

- Museu de Arte de São Paulo ( MASP)
- Museu Histórico Nacional ( MHN)
- Museu Mazzaropi
-Fundação Iberê Camargo
E museus virtuais internacionais:

- Museu da Educação (Portugal)
- The Virtual Museum of Iraq (iniciativa Italiana)
- Web Gallery of Art (Nova Iorque)

Um ponto questionável, dos museus virtuais é falta da sensação de estar em contato direto com a obra, algo que somente no museu presencial, se tenha. E ainda, o que se coloca disponível online nem sempre é de qualidade, vários acervos estão mal organizados, ou com uma qualidade baixa de resolução. Eis um locus que o profissional da informação deve atuar e intermediar a qualidade e a usabilidade do site. 


Referências:

MUCHACHO, Rute. Museus virtuais: A importância da usabilidade na mediação entre o
público e o objecto museológico. Livro de actas: 4º SOPCOM. Aveiro, Portugal: Universidade de Aveiro, 2005.

ROCHA, Ana Luiza Carvalho da; ECKERT, Cornélia. A Cidade, O Tempo e a Experiência de um Museu Virtual: pesquisa antropocronotopológica nas novas tecnologias. Campos. Porto Alegre: Instituto de Artes, 2002, v. 2, p. 33-54, 2002.

VTN. Disponível em: http://www.vtn.com.br/lazer-e-entretenimento/museus/museus-virtuais.php Acesso em 17 maio 2010.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

E o Brasil entra na infoesfera da informação jornalística

O jornal digital brasileiro é uma nova fonte de informação que o bibliotecário pode contar. Se formos analisar, essa ferramenta é importante para bibliotecas escolares, em que a todo momento, a demanda por informações como: Onde foi o incêndio que ocorreu hoje? Quem ganhou o campeonato gaúcho de futebol? Qual a previsão do tempo para a semana? A cada novo turno, uma nova indagação. Segundo Kuhlthau (1998):
A tecnologia, particularmente os computadores conectados à Internet e o vídeo conectado por satélite, está modificando o ambiente de aprendizagem. Mesmo quando se dispõe de pouca ou nenhuma tecnologia na escola, não se pode perder de vista que o mundo para o qual está se preparando o estudante é um mundo voltado para a tecnologia. As escolas precisam preparar seu aluno para o uso inteligente da informação disponível através da tecnologia, em todos os aspectos de sua vida. O processo de aprendizagem a partir de uma ampla variedade de fontes é o desafio crítico para as escolas na sociedade da informação.

 Os bibliotecários tem dupla função na escola, mostrar essas ferramentas e tornar as crianças aptas a utilizar essa tecnologia em favor de seus estudos e trabalhos escolares.
Um jornal digital brasileiro pode ser fonte para muitas respostas a dúvidas recorrentes. Cito aqui jornais como Zero Hora, Estadão, Folha de São Paulo e Correio Brasiliense
Cada um com suas particularidades regionais, mas todos com o intuito de transportar informações ao leitor e informá-lo de um jeito dinâmico e sem sair do conforto do lar.
 O próprio Diário Oficial, que contém informações relevantes quanto à leis, decretos, licitações, atos normativos, pronunciamentos... está disponibilizado online. A informação para a cidadania como já foi debatido numa mesa redonda com a aluna de Biblioteconomia Carla Castilhos no XII EREBD Sul.
É possível sim, proporcionar uma informação digital de qualidade ao usuário e que atenda suas necessidades informacionais.



Referência: 

KUHLTHAU, Carol Collier. O papel da biblioteca escolar no processo de aprendizagem. In: VIANNA, Márcia Milton; CAMPELLO, Bernadete; MOURA, Victor Hugo Vieira. Biblioteca escolar: espaço de ação pedagógica. Belo Horizonte: EB/UFMG, 1999. p. 9-14. Seminário promovido pela Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal de Minas Gerais e Associação dos Bibliotecários de Minas Gerais,1998, Belo Horizonte.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Jornais digitais internacionais

Como já falamos no post anterior, sobre jornais digitais, chega o momento de falar sobre os principais jornais digitais internacionais. Com eles podemos ter uma visão macro dos aconteciementos de abrangência mundial.


Casos como o atentado ao World Trade Center em 2001 (ruínas), a Guerra no Afeganistão, a morte do Papa João Paulo, o Terremoto no Haiti... diversas notícias que abalaram toda ordem mundial são disponibilizadas imediatamente ao acontecimento em jornais digitais. São eles: El Pais (Espanha), Clarin (Argentina), New York Times (EUA), Le Monde (França).




Talvez um dos que mais tenha visibilidade nos últimos anos, é o New York Times, que nos últimos anos enfrenta uma crise financeira, seu conteúdo online está disponível desde 1996, com grande acesso e sendo referência em conteúdo digital, com alto nível de interatividade, usando recursos como vídeos, fotos, seções de viagem, saúde, opinião, política, esporte, mundo, notícias locais (NY), negócios, tecnologia e ciência, além de blogs.








Não podemos esquecer de falar do nosso papel enquanto gestores da informação. Temos que adaptar nossos conhecimentos com a realidade digital. Estamos imersos na cibercultura, segundo Levy (1999, p.11):

[...] estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe a nós, apenas explorar as potencialidades mais positivas desse espaço nos planos econômicos, político, cultural e humano. 

Nosso aprendizado deve ser voltado para o maior número de acesso e de recuperação da informação. Temos que organizar os sites, as ideias, de forma a facilitar a busca do usuário. Suas necessidades são enormes, aliadas com suas dificuldades e sentimentos de angústia, só nos resta auxiliar a busca.

Choo (2003) apresenta estudos em que processo de busca da informação é dinâmico, e o contexto determina a utilidade da informação, ela é construída nos pensamentos e sentimentos dos usuários e fica disponível na vida e no ambiente onde os usuários estão, assim, é importante analisar o ambiente onde a informação é buscada, dentro e fora do indivíduo.

        Vale ainda, salientar que temos o dever de indicar as fontes confiáveis aos usuários e 
estar atualizado dos conteúdos veiculados por essas mídias.



Referências:

CHOO, Chun Wu. Como ficamos sabendo: um modelo de uso da informação. In: ______. A organização do conhecimento. São Paulo. SENAC São Paulo, 2003. p. 63-120.

LEVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. p.11.



quarta-feira, 28 de abril de 2010

Jornalismo digital

Com a interatividade e a hipermídia sendo acrescidos a dinâmica do jornalismo, surge a partir dos anos 90, o jornalismo digital (ou online). As notícias em tempo real e no momento exato que acontece, via web. A sociedade da informação se formando e  as publicações na web sendo aumentadas em grandes proporções, o jornalismo não poderia ficar aquém desse movimento. 

Os gastos com esse recurso são maiores, porém compensa pela interoperabilidade do meio de comunicação com o usuário, que pode acessar a notícia de qualquer local do planeta. Se
 Segundo Alves (2006):
O próprio conceito de comunicação de massas precisa de ser reavaliado, pois as tecnologias digitais permitem ao receptor das mensagens uma posição muito mais ativa, com muitas mais opções para selecionar as mensagens que deseja receber. O receptor não se senta passivamente diante da TV ou não abre simplesmente um jornal ou uma revista para consumir as mensagens que os gatekeepers prepararam para ele naquela edição ou naquela hora. O receptor agora tem o controle, o poder de acessaruma infinidade de fontes, sem as barreiras de tempo e espaço que limitavam sua ação até o advento da web.

Os comentários, os bate-papos com profissionais de diversas áreas surgem em portais de notícias, como ClicRBS, Globo.com,  UOL tornando o usuário agente e capaz de resolver dúvidas em tempo real. Os links tornam a leitura mais rápida e facilitam o uso de outras fontes para pesquisa. Há ainda, o uso de ferramentas como twiter ou blogs, que fazem do leitor um agente de informação e capaz de midiar ideias, soluções, informações e comentários aos autores dos textos. O que vem aumentando o número de leitores, já que a maioria desses jornais, disponibiliza gratuitamente seu conteúdo e faz com que o leitor tenha diversas visões, de jornais concorrentes e de linhas de pensamento diferentes, em suas mãos, com um simples clicar de mouse. 

Agora fala-se do papel eletrônico, que surgiu com a ideia de leitura de livros, que além de servir como atrativo aos leitores jovens, o jornal eletrônico elimina gastos com papel, impressão e distribuição: logística cara e trabalhosa na indústria jornalística. Apresenta apenas, tons de cinza, ainda um pouco desagradavel aos olhos, porém já existe testes de telas coloridas para entrar no mercado.

O impacto do jornalismo eletrônico para nós, profissionais da informação é sentido no momento de recuperação dessas informações veiculadas nesses meios. Temos um desafio, padronizar essa informação, seja com uso de tags, seja com exposição de dados... De algum modo, temos que facilitar essa busca, talvez esteja a resposta na arquitetura da informação
Organizar a informação, tratá-la, eliminar ruídos e transformar em conhecimento. 

Estamos diante de uma problemática e não podemos rejeitá-la, cabe a nós também ser agentes de transformAÇÃO. Somos nós que unimos conceitos de busca, uso e necessidade de informação, temos noções de ergonomia, de usabilidade e fomos capazes de orientar o usuário. Podemos ser a ponte entre usuário e o desenvolvedor de sites (que podem ser jornais digitais).


Referências:


ALVES, Rosental C. Jornalismo digital. Comunicação e Sociedade. Braga: Universidade do Minho, v. 9-10, p. 93-102, 2006.

Palestra - Usabilidade: conceito, aplicações e testes; de Renato Rosa

sábado, 17 de abril de 2010

Bancos de vídeos educativos

Banco de vídeos são ferramentas de captura, organização e recuperação de vídeos. Nele podemos encontrar diversos vídeos de instituições de educação, comerciais ou mesmo livre. São utilizados em diversas áreas do conhecimento. E hoje há uma grande quantidade de cursos que gravam suas aulas e disponibilizam, de forma paga, esses treinamentos.

Temos encontrados ultimamente, como adicionais aos cursos à distância ou mesmo para simples informação dos usuários. Apresentando de forma simples, rápida e virtual (com a comodidade do lar) um momento de conhecimento. POdemos citar os repositórios mais conhecidos, comerciais: Youtube Edu e Vimeo. Neles muitas conferências, simpósios, fóruns estão disponibilizados de forma acessível à todos.

No Youtube Edu por exemplo, podemos encontrar canais de universidades de todo o mundo, que adicionam seus vídeos e indexam-nos conforme organização própria. O Youtube que surgiu em 2006, não tinha essa pretensão, mas acabou enxergando na Educação a sua nova demanda. 

Como exemplo, cito a Universidad Autónoma de Madrid, que disponibilizou um vídeo de sua Biblioteca de Direito, em que apresenta seu espaço e serviços.

Imagem e seus direitos

Uma imagem digital nada mais é do que um conjunto (muito grande por sinal) de zeros e uns. A memória do computador interpreta cada subconjunto de três bytes e o associa a uma certa cor. Contrariamente às imagens fotográficas usuais, cujo maior problema é as cores ficarem fugitivas com o tempo, as cores são registradas no mundo digital permanecem inalterada, pois os bits não mudam.  Isso é um fator que privilegia essa mídia no mundo digital.

Se antes a imagem retratava o real, agora  podemos dizer que ela permite simular o real (Couchot, 1988). Não se trata mais de imagens umas ao lado das outras, num processo de continuidade. Agora cada uma pode tornar um espaço para explorar, modificar, simular.
Ela não é mais aquele espaço fechado, inacessível. Pela ação interativa, a imagem torna-se esse espaço “vivo”. Mas o que é interatividade? É a interação do homem com a coisa ,de forma lúdica e que gera uma ação animada e empolgante.

Os bancos de imagem de certa forma permitem que utilizemos as imagens do modo como quisermos, se não estiver protegida pelo seus direitos.  Que podem ser de dois tipo: de propriedade e exploração, dos quais  os bancos pagos repassam os royalties aos autores, caso contrário estão sujeitos à indenização.

No Brasil, o conceito do direito à imagem foi introduzido em nossa legislação a partir da Constituição Federal de 1988 pelo artigo 5º em seus incisos V e X:
# Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Inciso V: É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenização por dano material, moral ou à imagem.
Inciso X: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

Verifica-se assim, que a Constituição Federal de 1988 garante que a proteção não mais se restringe à imagem original, que tem o corpo como seu suporte, e à imagem-retrato (que é física, e permite a reprodução). Abandona-se a limitação oferecida pelo corpo físico, para aceitá-lo em sua plenitude para abranger igualmente a imagem moral.

Outro ponto importante para destacar na relação direito do autor versus direito de imagem, encontra-se na divulgação da imagem pública de determinadas pessoas. Como diz Plínio Cabral, “É, evidentemente, livre a divulgação de fotos de pessoas públicas quando no exercício de suas funções. A foto de um deputado discursando no parlamento, ou ilustrando uma notícia, é de publicação livre. Trata-se de um homem público no exercício de suas atividades”. Deve-se ressaltar, porém, que mesmo a imagem de pessoas públicas em atos públicos não poderá ser utilizada comercialmente, salvo exceções da Lei de Imprensa.

Alguns bancos de imagens tem seu acesso livre e facilitam o uso pelos internautas, permitindo que as pessoas façam viagens por lugares nunca antes vistos, conheçam melhor certos ambientes e ou mesmo, vejam imagens que apreciem por diversos fatores e que geram diversos sentimentos como saudade, alegria, harmonia ou mesmo de nostalgia.



Referências:


BRASIL. Constituição Federal: art. 5. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.


CABRAL, Plínio. Direito Autoral: dúvidas e controvérsias. São Paulo: Harbra, 2000.

COUCHOT, Edmond. Images. De l’optique au numérique. Éditions Hermès, 1988.



sábado, 3 de abril de 2010

Imagem e informação

Os objetos e os lugares que nos cercam guardam nossas marcas, “[...] lembram-nos fatos importantes de nossa vida individual e estão associados à memória de nosso grupo. Todo espaço habitado recebe as marcas dos indivíduos que nele transitam” (GIOVANAZ, 2007, p. 1)


E podemos pensar nisso como a imagem que se transforma em informação. Através de fotografias, podemos relembra a memória de um povo, de uma família, de uma instituição. Afinal, “Nenhuma obra de arte é contemplada tão atentamente em nosso tempo como a imagem fotográfica de nós mesmos, de nossos parentes próximos, de nossos seres amados.” (LICHTWARK apud BENJAMIN,1907). Passamos a utilizar a imagem de forma massante, nesse último século, da analógica à digital, numa fração de tempo, desenvolvemos diversas técnicas, aprimoramos outras e surgiu a necessidade de se organizar tudo isso.

Como profissional da informação, tivemos que correr atrás do tempo, e desenvolver programas que indexassem de forma inteligente um banco de imagens, para tratar as fotografias de forma adequada, e transformá-la numa fonte de informação histórica ao pesquisador.

Para isso é necessário estabelecer critérios que começam pela leitura da imagem, passando pela descrição baseada em pesquisas em fontes diversas até a recuperação, que necessita de auxílio de um programa que seja de acesso fácil ao usuário.

Nossa responsabilidade passa a ser novamente cobrada de uma forma que facilite o usuário/pesquisador a encontrar o que deseja, de forma simples e clara.




Referências:
BENJAMIM, Walter. Pequena História da Fotografia. In: Magia e Técnica, Arte e Política: obras escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 103.

GIOVANAZ, Marlise. Pedras e Emoções: os percursos do patrimônio. Em Questão, v.13, n. 2, p. 1, 2007. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/2982/1706> Acesso em: 2 abr. 2010.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Avaliando 3 blogs

Ao me deparar com a demanda da tarefa da professora Helen Rozados, que seria a de avaliar três blogs, entre os que ela listou, achei interessante explorar cada um deles. Fui desbravando cada um deles, uns já conhecidos e lidos por mim, mas outros se quer imaginado.

Minha escolha foi a seguinte:
- Bibliotecários sem Fronteiras (BSF)
-Mundo Bibliotecário
-Web Librarian

Segue abaixo, a avaliação deles:

Site/ Item avaliado

BSF

Mundo Bibliotecário

Web Librarian

Autoridade

Bem explícito quem são os autores

Há um autor, bem escondido no blog

Bem explícito quem é o autor

Cobertura

Amplo, com aspectos diversos da Biblioteconomia

Engloba aspectos relacionados à emprego, notícias, eventos e concursos na área

Amplo, com aspectos diversos da Biblioteconomia

Objetividade

Há influência de outros autores

Tem influência de outros blogs e sites

Não há patrocínios

Exatidão

É bem referenciado

Cita as fontes de forma correta

Citação através de links

Atualidade

Bem atualizado

Atualizado quase diariamente

Atualizado quase diariamente

Layout

Moderno, fácil acesso

Simples, mas fácil acesso

Agradável ao leitor e acessível de diversas formas ao conteúdo do blog

Visibilidade

Bem linkado

Bem linkado

Bem linkado

Uso de tags

Não usa, mas relaciona post do mesmo assunto

Sim

Nuvem de tags para busca no blog, além de tags por post

Profundidade

Varia com o autor, mas em geral, os assuntos são bem tratados e desenvolvidos

Post objetivo, mas bem específico

No post inicial só incita o leitor, mas ao abri-lo, contém grandes contribuições de forma objetiva

Interatividade

Espaço para comentários, possibilidade de falar com os autores por redes sociais e email.

Possibilidade de deixar comentário

Comentários, uso de redes sociais


Os sites avaliados foram baseados nos critérios mencionados no post anterior. Escolhi o blog do web Librarian como parâmetro, pois acredito que atendeu todos os itens de forma bem explícita. A informação é de fácil acesso, além de ter um formato agradável de leitura que instiga o leitor. A busca das informações através dos diversos esquemas (por assunto, nuvem de tags) facilita a busca e ainda, como Kuhlthau, nos explica em seu modelo de busca de informçaõ, os estágios das atividades de busca permeiam os elementos de comportamento (sentimentos são vivenciados pelas pessoas) e da maneira como Alexandre Berbe, organiza seu blog, nos faz experimentar diversas sensações. Seus assuntos são diversificados dentro da grande área da Biblioteconomia.


Nota:
KUHTLHAU apud CAREGNATO; CRESPO, 2003.



Referências:

CAREGNATO, S. ; CRESPO, I. M. Comportamento de busca de informação: uma comparação de dois modelos. Em Questão, Porto Alegre: UFRGS, v. 9, n.2, p. 271-281, jul./dez. 2003.

domingo, 28 de março de 2010

Avaliando blogs




Avaliação de blogs


A rapidez com que a informação trafega por nosso mundo web tem nos feito refletir sobre sua qualidade e seu real valor de uso. Como nos relata Levy:


A rede é antes de tudo, um instrumento de comunicação entre pessoas, um laço virtual em que as comunidades auxiliam seus membros a aprender o que querem saber. Os dados não representam senão a matéria prima de um processo intelectual e social vivo, altamente elaborado. (LEVY, 1998, p. 3)




Para isso elaboramos um roteiro que avalia a qualidade dos blogues existentes, de uma forma qualitaitva, baseado em critérios de Nicole Auer, citadas por Luísa Alvim (2007) são eles:


a) autoridade: verificação de quem cria os posts e existir a possibilidade de consultá-lo;


b) cobertura: de que trata o blog, tem links para se navegar facilmente;


c) objetividade: sofre influências do outros autores, tem patrocínio;



d) exatidão: precisão com que cita as fontes, referências citadas;


e) atualidade: datas de criação e atualização dos posts;



f) layout: interface limpa, acessibilidade boa, agradável ao leitor;



g) visibilidade: se o blog é linkado por outros e se no pagerank, por exemplo, do Google, ele aparece nos mais acima, mais linkados.



h) uso de tags: o que facilita a busca de informação relevante e organiza os posts;



i)profundidade: até que ponto é tratado o assunto do blog, específicado na proposta;



j) interatidade: o público pode interagir com comentários, há contador de entradas de leitores, possibilidae de ter seguidores




Temos que nos preocupar com a apresentação da informação na Web, facilitar sua utilização, numa estrutura simples, mas que de nenhuma forma, seja enfadonha ou de baixo nível. Possibilitar a troca de informações saudáveis e úteis, maximizar a qualidade e diminuir o tempo ou espaço entre a demanda e o usuário deve ser um de nossos focos, como profissionais da informação. Indicar essas fontes confiáveis e trabalhar para que elas sejam construídas da melhor forma, também é nossa função.




Referências:

ALVIM, L. Avaliação da qualidade de blogue. In: Actas... Congresso Nacional de

Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas Disponível emhttp://badinfo.apbad.pt/Congresso9/COM105.pdf.> Acesso em: 26 mar. 2010.



LEVY, P. Um sistema auto-regulador. Folha de São Paulo, São Paulo, 12 abr. 1998. Caderno Mais, p. 3.

quinta-feira, 18 de março de 2010

XII EREBD Sul 2010




Como muitos já devem saber... estamos (num pequeno grupo de alunos) organizando o XII EREBD. Ele está sendo elaborado desde julho do ano passado. Pensamos em algo que pudesse trazer a discussão e um momento de reflexão em torno de nossas "velhas práticas". Nosso tema será Biblioteconomia Alternativa: novas atitudes para velhas práticas, que terá 3 eixos: gestão, ação social e tecnologias. O tema se refere a pessoas que não exercem sua profissão apenas dentro de uma biblioteca ou unidade de informação, mas que atuam como especialistas em responder questões, localizar informações e auxiliar no processo de elaboração de sínteses do conhecimento. Esse conceito está atrelado intimamente à inserção tecnológica na área da Biblioteconomia, que constitui um corpo cada vez maior dentro da profissão.

Biblioteconomia Alternativa seria o agir do bibliotecário calcado nos novos paradigmas da informação, que proporcione as formas mais adequadas de disseminação para o seu público. É a busca da Biblioteconomia como atitude, não apenas como profissão.

Estamos com inscrições abertas desde fevereiro. Será um momento de integração entre diversas universidades do Brasil, pois já temos inscritos do Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás... é um momento único de debate entre nossos futuros colegas de profissão.

Inscrevam-se todos, nós da UFRGS seremos protagonistas dessa grande integração. Acessem o site e confiram mais informações a programação, que foi especialmente pensada com toda atenção pela comissão organizadora.



segunda-feira, 8 de março de 2010

Blogs e a informação


Começo citando Morin (1991), "A informação é uma noção nuclear, mas problemática. Daí, toda sua ambiguidade: não se pode dizer quase nada sobre ela,mas não se pode passar sem ela." Em toda nossa vida, principalmente universitária, lemos muito sobre diversos assuntos e as vezes esse tanto de informações, não nos dá a noção total do universo que nos inserimos. A ideia de criar um blog para discutirmos tópicos específicos sobre a disciplina (Informação em mídias digitais) nos incentiva a buscar o maior número de fontes que nos esclareça e gere de certa forma, uma curiosidade. Hoje um blog se transformou numa plataforma também para bibliotecas serem visitadas como é o caso da ESCOLA ESTADUAL TÉCNICA EM SAÚDE, a nova Biblioteca de São Paulo, antigo Carandiru. Essa ferramenta transformou-se em ponte entre os usuários e a unidade de informação.
Como cita Ramalho (2003), de algumas décadas para cá, vem ocorrendo uma verdadeira explosão informacional, na qual a necessidade de rapidez e precisão de acesso, levaram ao desenvolvimento de novas tecnologias, bem como novas formas de produção, organização e disseminação das informações, para isso o bibliotecário deve estar atento a essas novas necessidades do usuário para poder atender a demanda de uma forma adequada. E nesse momento que faz-se urgente a conscientização de que estamos inseridos numa infoesfera, e que ela pode ser fundamental na disseminação da informação e facilitadora de nosso trabalho.
Sem dúvida, os blogs podem ser uma vitrine do trabalho realizado em nossas instituções ou ainda, podem trazer diferentes perspectivas , com os comentários que podem surgir de todos os lugares do mundo e podem nos ajudar a resolver problemas, com as buscas de soluções coletivas. A colaboração é algo interessante e que na nossa área tem crescido muito, principalmente com a catalogação cooperativa, mas por que não usarmos a informação colaborativa também?



Referências:

MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 1991, p.30.


RAMALHO, Francisca Arruda. O uso das novas tecnologias em bibliotecas e serviços de informação. Informação e Sociedade, João Pessoa, v.3, n.1, p.53-61, 1993.