Leituras

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Museus virtuais


                                            Fonte: VTN

Com a potencial utilização das TIC´s (tecnologias de informação e comunicação), na Sociedade da Informação, o potencial das novas mídias e de novos acessos ao usuário, permitiu que surgisse o museu virtual.

O museu virtual é um espaço virtual que media acervo, patrimônio e usuário através da web.  

A sua utilização como complemento do espaço físico do museu vem facilitar a transmissão da mensagem pretendida e captar a atenção do visitante, possibilitando uma nova visão do objecto museológico. (MUCHACHO, 2005)

Segundo Rocha e Eckert (2002):

Universalidade e interatividade, a memória eletrônica e digital, aplicadas ao tema da criação do museu virtual, na linha dos comentários de Roger Chartier, a propósito do texto eletrônico, recolocam, na contemporaneidade, o “antigo sonho kantiano” que inspirou o homem moderno: o empreendimento enciclopédico, isto é, que qualquer homem pudesse ser “ao mesmo tempo leitor e autor, que emitisse juízos sobre as instituições de seu tempo (...) e pudesse refletir sobre o juízo emitido pelos outros”11 . Nesta medida, da mesma forma que a fotografia relaciona-se à ambiência psicossocial moderna (cf. Benjamim 1991), ao permitir que as formas do mundo e as imagens do Outro pudessem ser perpetuadas, copiadas, fabricadas, multiplicadas e distribuídas, as novas redes eletrônicas e digitais refletem o processo de manipulação das estruturas espaço-temporais criadas no bojo do mundo contemporâneo.

Desse modo podemos  pensar no museu virtual como um meio de conformação da arte com a tela do computador, proporcionando um ponto de vista diferente do presencial. A tela do artista é visto de outro ângulo pelo usuário, trazendo para perto de si, o que talvez nunca teria contato se não fosse pela internet.

No Brasil, encontramos várias manisfestações positivas de museus virtuais, nem todos com com o acervo disponível online, mas com vários recursos disponíveis, tais como:

- Museu de Arte de São Paulo ( MASP)
- Museu Histórico Nacional ( MHN)
- Museu Mazzaropi
-Fundação Iberê Camargo
E museus virtuais internacionais:

- Museu da Educação (Portugal)
- The Virtual Museum of Iraq (iniciativa Italiana)
- Web Gallery of Art (Nova Iorque)

Um ponto questionável, dos museus virtuais é falta da sensação de estar em contato direto com a obra, algo que somente no museu presencial, se tenha. E ainda, o que se coloca disponível online nem sempre é de qualidade, vários acervos estão mal organizados, ou com uma qualidade baixa de resolução. Eis um locus que o profissional da informação deve atuar e intermediar a qualidade e a usabilidade do site. 


Referências:

MUCHACHO, Rute. Museus virtuais: A importância da usabilidade na mediação entre o
público e o objecto museológico. Livro de actas: 4º SOPCOM. Aveiro, Portugal: Universidade de Aveiro, 2005.

ROCHA, Ana Luiza Carvalho da; ECKERT, Cornélia. A Cidade, O Tempo e a Experiência de um Museu Virtual: pesquisa antropocronotopológica nas novas tecnologias. Campos. Porto Alegre: Instituto de Artes, 2002, v. 2, p. 33-54, 2002.

VTN. Disponível em: http://www.vtn.com.br/lazer-e-entretenimento/museus/museus-virtuais.php Acesso em 17 maio 2010.

Um comentário:

  1. Ah aqui um ponto interessante. Um museu virtual, por mais que possua recursos tecnológicos informáticos, jamais vai substituir o contato direto com a acervo, barreiras que a era digital ainda não quebrou.

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