Leituras

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Jornalismo digital

Com a interatividade e a hipermídia sendo acrescidos a dinâmica do jornalismo, surge a partir dos anos 90, o jornalismo digital (ou online). As notícias em tempo real e no momento exato que acontece, via web. A sociedade da informação se formando e  as publicações na web sendo aumentadas em grandes proporções, o jornalismo não poderia ficar aquém desse movimento. 

Os gastos com esse recurso são maiores, porém compensa pela interoperabilidade do meio de comunicação com o usuário, que pode acessar a notícia de qualquer local do planeta. Se
 Segundo Alves (2006):
O próprio conceito de comunicação de massas precisa de ser reavaliado, pois as tecnologias digitais permitem ao receptor das mensagens uma posição muito mais ativa, com muitas mais opções para selecionar as mensagens que deseja receber. O receptor não se senta passivamente diante da TV ou não abre simplesmente um jornal ou uma revista para consumir as mensagens que os gatekeepers prepararam para ele naquela edição ou naquela hora. O receptor agora tem o controle, o poder de acessaruma infinidade de fontes, sem as barreiras de tempo e espaço que limitavam sua ação até o advento da web.

Os comentários, os bate-papos com profissionais de diversas áreas surgem em portais de notícias, como ClicRBS, Globo.com,  UOL tornando o usuário agente e capaz de resolver dúvidas em tempo real. Os links tornam a leitura mais rápida e facilitam o uso de outras fontes para pesquisa. Há ainda, o uso de ferramentas como twiter ou blogs, que fazem do leitor um agente de informação e capaz de midiar ideias, soluções, informações e comentários aos autores dos textos. O que vem aumentando o número de leitores, já que a maioria desses jornais, disponibiliza gratuitamente seu conteúdo e faz com que o leitor tenha diversas visões, de jornais concorrentes e de linhas de pensamento diferentes, em suas mãos, com um simples clicar de mouse. 

Agora fala-se do papel eletrônico, que surgiu com a ideia de leitura de livros, que além de servir como atrativo aos leitores jovens, o jornal eletrônico elimina gastos com papel, impressão e distribuição: logística cara e trabalhosa na indústria jornalística. Apresenta apenas, tons de cinza, ainda um pouco desagradavel aos olhos, porém já existe testes de telas coloridas para entrar no mercado.

O impacto do jornalismo eletrônico para nós, profissionais da informação é sentido no momento de recuperação dessas informações veiculadas nesses meios. Temos um desafio, padronizar essa informação, seja com uso de tags, seja com exposição de dados... De algum modo, temos que facilitar essa busca, talvez esteja a resposta na arquitetura da informação
Organizar a informação, tratá-la, eliminar ruídos e transformar em conhecimento. 

Estamos diante de uma problemática e não podemos rejeitá-la, cabe a nós também ser agentes de transformAÇÃO. Somos nós que unimos conceitos de busca, uso e necessidade de informação, temos noções de ergonomia, de usabilidade e fomos capazes de orientar o usuário. Podemos ser a ponte entre usuário e o desenvolvedor de sites (que podem ser jornais digitais).


Referências:


ALVES, Rosental C. Jornalismo digital. Comunicação e Sociedade. Braga: Universidade do Minho, v. 9-10, p. 93-102, 2006.

Palestra - Usabilidade: conceito, aplicações e testes; de Renato Rosa

sábado, 17 de abril de 2010

Bancos de vídeos educativos

Banco de vídeos são ferramentas de captura, organização e recuperação de vídeos. Nele podemos encontrar diversos vídeos de instituições de educação, comerciais ou mesmo livre. São utilizados em diversas áreas do conhecimento. E hoje há uma grande quantidade de cursos que gravam suas aulas e disponibilizam, de forma paga, esses treinamentos.

Temos encontrados ultimamente, como adicionais aos cursos à distância ou mesmo para simples informação dos usuários. Apresentando de forma simples, rápida e virtual (com a comodidade do lar) um momento de conhecimento. POdemos citar os repositórios mais conhecidos, comerciais: Youtube Edu e Vimeo. Neles muitas conferências, simpósios, fóruns estão disponibilizados de forma acessível à todos.

No Youtube Edu por exemplo, podemos encontrar canais de universidades de todo o mundo, que adicionam seus vídeos e indexam-nos conforme organização própria. O Youtube que surgiu em 2006, não tinha essa pretensão, mas acabou enxergando na Educação a sua nova demanda. 

Como exemplo, cito a Universidad Autónoma de Madrid, que disponibilizou um vídeo de sua Biblioteca de Direito, em que apresenta seu espaço e serviços.

Imagem e seus direitos

Uma imagem digital nada mais é do que um conjunto (muito grande por sinal) de zeros e uns. A memória do computador interpreta cada subconjunto de três bytes e o associa a uma certa cor. Contrariamente às imagens fotográficas usuais, cujo maior problema é as cores ficarem fugitivas com o tempo, as cores são registradas no mundo digital permanecem inalterada, pois os bits não mudam.  Isso é um fator que privilegia essa mídia no mundo digital.

Se antes a imagem retratava o real, agora  podemos dizer que ela permite simular o real (Couchot, 1988). Não se trata mais de imagens umas ao lado das outras, num processo de continuidade. Agora cada uma pode tornar um espaço para explorar, modificar, simular.
Ela não é mais aquele espaço fechado, inacessível. Pela ação interativa, a imagem torna-se esse espaço “vivo”. Mas o que é interatividade? É a interação do homem com a coisa ,de forma lúdica e que gera uma ação animada e empolgante.

Os bancos de imagem de certa forma permitem que utilizemos as imagens do modo como quisermos, se não estiver protegida pelo seus direitos.  Que podem ser de dois tipo: de propriedade e exploração, dos quais  os bancos pagos repassam os royalties aos autores, caso contrário estão sujeitos à indenização.

No Brasil, o conceito do direito à imagem foi introduzido em nossa legislação a partir da Constituição Federal de 1988 pelo artigo 5º em seus incisos V e X:
# Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Inciso V: É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenização por dano material, moral ou à imagem.
Inciso X: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

Verifica-se assim, que a Constituição Federal de 1988 garante que a proteção não mais se restringe à imagem original, que tem o corpo como seu suporte, e à imagem-retrato (que é física, e permite a reprodução). Abandona-se a limitação oferecida pelo corpo físico, para aceitá-lo em sua plenitude para abranger igualmente a imagem moral.

Outro ponto importante para destacar na relação direito do autor versus direito de imagem, encontra-se na divulgação da imagem pública de determinadas pessoas. Como diz Plínio Cabral, “É, evidentemente, livre a divulgação de fotos de pessoas públicas quando no exercício de suas funções. A foto de um deputado discursando no parlamento, ou ilustrando uma notícia, é de publicação livre. Trata-se de um homem público no exercício de suas atividades”. Deve-se ressaltar, porém, que mesmo a imagem de pessoas públicas em atos públicos não poderá ser utilizada comercialmente, salvo exceções da Lei de Imprensa.

Alguns bancos de imagens tem seu acesso livre e facilitam o uso pelos internautas, permitindo que as pessoas façam viagens por lugares nunca antes vistos, conheçam melhor certos ambientes e ou mesmo, vejam imagens que apreciem por diversos fatores e que geram diversos sentimentos como saudade, alegria, harmonia ou mesmo de nostalgia.



Referências:


BRASIL. Constituição Federal: art. 5. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.


CABRAL, Plínio. Direito Autoral: dúvidas e controvérsias. São Paulo: Harbra, 2000.

COUCHOT, Edmond. Images. De l’optique au numérique. Éditions Hermès, 1988.



sábado, 3 de abril de 2010

Imagem e informação

Os objetos e os lugares que nos cercam guardam nossas marcas, “[...] lembram-nos fatos importantes de nossa vida individual e estão associados à memória de nosso grupo. Todo espaço habitado recebe as marcas dos indivíduos que nele transitam” (GIOVANAZ, 2007, p. 1)


E podemos pensar nisso como a imagem que se transforma em informação. Através de fotografias, podemos relembra a memória de um povo, de uma família, de uma instituição. Afinal, “Nenhuma obra de arte é contemplada tão atentamente em nosso tempo como a imagem fotográfica de nós mesmos, de nossos parentes próximos, de nossos seres amados.” (LICHTWARK apud BENJAMIN,1907). Passamos a utilizar a imagem de forma massante, nesse último século, da analógica à digital, numa fração de tempo, desenvolvemos diversas técnicas, aprimoramos outras e surgiu a necessidade de se organizar tudo isso.

Como profissional da informação, tivemos que correr atrás do tempo, e desenvolver programas que indexassem de forma inteligente um banco de imagens, para tratar as fotografias de forma adequada, e transformá-la numa fonte de informação histórica ao pesquisador.

Para isso é necessário estabelecer critérios que começam pela leitura da imagem, passando pela descrição baseada em pesquisas em fontes diversas até a recuperação, que necessita de auxílio de um programa que seja de acesso fácil ao usuário.

Nossa responsabilidade passa a ser novamente cobrada de uma forma que facilite o usuário/pesquisador a encontrar o que deseja, de forma simples e clara.




Referências:
BENJAMIM, Walter. Pequena História da Fotografia. In: Magia e Técnica, Arte e Política: obras escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 103.

GIOVANAZ, Marlise. Pedras e Emoções: os percursos do patrimônio. Em Questão, v.13, n. 2, p. 1, 2007. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/2982/1706> Acesso em: 2 abr. 2010.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Avaliando 3 blogs

Ao me deparar com a demanda da tarefa da professora Helen Rozados, que seria a de avaliar três blogs, entre os que ela listou, achei interessante explorar cada um deles. Fui desbravando cada um deles, uns já conhecidos e lidos por mim, mas outros se quer imaginado.

Minha escolha foi a seguinte:
- Bibliotecários sem Fronteiras (BSF)
-Mundo Bibliotecário
-Web Librarian

Segue abaixo, a avaliação deles:

Site/ Item avaliado

BSF

Mundo Bibliotecário

Web Librarian

Autoridade

Bem explícito quem são os autores

Há um autor, bem escondido no blog

Bem explícito quem é o autor

Cobertura

Amplo, com aspectos diversos da Biblioteconomia

Engloba aspectos relacionados à emprego, notícias, eventos e concursos na área

Amplo, com aspectos diversos da Biblioteconomia

Objetividade

Há influência de outros autores

Tem influência de outros blogs e sites

Não há patrocínios

Exatidão

É bem referenciado

Cita as fontes de forma correta

Citação através de links

Atualidade

Bem atualizado

Atualizado quase diariamente

Atualizado quase diariamente

Layout

Moderno, fácil acesso

Simples, mas fácil acesso

Agradável ao leitor e acessível de diversas formas ao conteúdo do blog

Visibilidade

Bem linkado

Bem linkado

Bem linkado

Uso de tags

Não usa, mas relaciona post do mesmo assunto

Sim

Nuvem de tags para busca no blog, além de tags por post

Profundidade

Varia com o autor, mas em geral, os assuntos são bem tratados e desenvolvidos

Post objetivo, mas bem específico

No post inicial só incita o leitor, mas ao abri-lo, contém grandes contribuições de forma objetiva

Interatividade

Espaço para comentários, possibilidade de falar com os autores por redes sociais e email.

Possibilidade de deixar comentário

Comentários, uso de redes sociais


Os sites avaliados foram baseados nos critérios mencionados no post anterior. Escolhi o blog do web Librarian como parâmetro, pois acredito que atendeu todos os itens de forma bem explícita. A informação é de fácil acesso, além de ter um formato agradável de leitura que instiga o leitor. A busca das informações através dos diversos esquemas (por assunto, nuvem de tags) facilita a busca e ainda, como Kuhlthau, nos explica em seu modelo de busca de informçaõ, os estágios das atividades de busca permeiam os elementos de comportamento (sentimentos são vivenciados pelas pessoas) e da maneira como Alexandre Berbe, organiza seu blog, nos faz experimentar diversas sensações. Seus assuntos são diversificados dentro da grande área da Biblioteconomia.


Nota:
KUHTLHAU apud CAREGNATO; CRESPO, 2003.



Referências:

CAREGNATO, S. ; CRESPO, I. M. Comportamento de busca de informação: uma comparação de dois modelos. Em Questão, Porto Alegre: UFRGS, v. 9, n.2, p. 271-281, jul./dez. 2003.